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Secretário de Turismo do RJ projeta desenvolvimento do setor turístico após a Copa
26/08/2014 - 12h03


“Nós superamos todos os recordes. O Rio de Janeiro sai da Copa do Mundo como um destino de vitrine, não mais de prateleira”. Assim, o Secretário Estadual de Turismo, Cláudio Magnavita, classificou a experiência do estado do Rio de Janeiro durante o Mundial de Futebol. Ele citou ainda que a capital fluminense foi escolhida como sede do Congresso Mundial da União Internacional de Arquitetos de 2020, o primeiro evento mundial conquistado após o sucesso da Copa. Em visita à Associação Comercial do Rio de Janeiro, em 25/8 - participando de Reunião do Conselho Empresarial Turismo Pró-Rio por convite do presidente Sávio Neves - Magnavita também mencionou a criação de projetos especiais, como o SOS Turista – que visava facilitar o atendimento aos visitantes que necessitassem de serviços emergenciais, e o Dia do Fair Play – evento realizado em conjunto com o Ministério do Turismo da Argentina, onde o Cristo Redentor seria decorado com as cores do país vizinho, e o Obelisco, principal ponto turístico de Buenos Aires, com as cores do Brasil.

O secretário explicou que a preparação adotada para receber a Copa foi ponto chave para seu sucesso. O objetivo era de ocupar um nicho específico que o Secretário afirmou que estava “aberto”, o da assistência total ao visitante, e que começou a ser trabalhado com antecedência. “Nós tivemos um bom exemplo dessa assistência, aquele caso do turista alemão que entrou de forma inadvertida na Rocinha em 2013 e foi baleado. Foi manchete no mundo inteiro. Demos plena assistência a ele e aos familiares, ao ponto de ele ter dito que queria visitar o Corcovado antes de retornar à Alemanha. O que seria algo negativo para o Rio de Janeiro, nós revertemos”.

Como preparação da Secretaria para o grande evento, foram feitas reuniões prévias com os corpos consulares dos países participantes da Copa, com o intuito de aproximar a Secretaria dos cônsules e aprimorar o atendimento aos turistas. “Para surpresa dos visitantes, eles viram que estavam presentes o delegado da DEAT (delegacia da Polícia Civil voltada ao turismo) e o comandante do BPTUR (batalhão da Polícia Militar voltado ao turismo), estabelecendo assim uma relação estratégica para a Copa do Mundo”.

“A ideia foi centralizar no Governo do Estado as ações que são oriundas do Governo, como defesa do consumidor, segurança e saúde. Buscamos facilitar esta assistência ao turista. Os serviços de informação ao turista ficaram a cargo da Secretaria de Turismo da Cidade do Rio de Janeiro. Este trabalho de recepção ao turista foi muito bem dividido entre município e estado”.

O secretário explicou as duas ações que julgou mais importantes no período da Copa. O SOS Turista foi um programa criado para a integração com a classe turística – incluindo defesa do consumidor, postos de informação no Galeão e Santos Dumont, na sede da Secretaria e na DEAT, inclusive com viaturas adesivadas para atendimento e locomoção dos turistas. Já o Dia do Fair Play foi a forma encontrada para marcar a presença do Rio de Janeiro na abertura da Copa, que seria em São Paulo. Realizado em 10/06, o evento pôs o Rio de Janeiro em exposição na mídia às vésperas da Copa do Mundo devido a uma ação estratégica da Secretaria.

Magnavita também abordou a criação de um Comitê Gestor da Secretaria de Turismo. “Percebemos que era muito importante colocar na gestão da Secretaria a iniciativa privada de forma oficial. O Comitê Gestor foi o primeiro ato da SETUR sobre a Copa, contando com participação de entidades ligadas ao turismo e à iniciativa privada”.

Sobre o legado que fica para o Rio de Janeiro, completou: “Em termos de legado, temos a imagem do Rio, que tem efeito multiplicador. O legado fica devido a uma série de investimentos que foram feitos em rede hoteleira e pontos turísticos, como o próprio Maracanã. A iniciativa privada compreendeu a importância da realização de um megaevento como a Copa do Mundo e foi vital para o bom funcionamento, ao lado do Governo. Sem eles, nós não teríamos os resultados que nós queríamos, e que possibilitaram que transformássemos tudo isso em grandes possibilidades de negócio”.

Magnavita foi categórico ao confirmar o sucesso do planejamento. “Esse case de sucesso será repetido para as Olimpíadas. Isso nos dá uma responsabilidade ainda maior. É um ciclo de sucesso e de bons resultados que nós estamos colhendo para o Estado”.

Para atestar que os serviços estavam sendo bem oferecidos aos turistas, Cláudio Magnavita afirmou ter se passado por argentino para observar a qualidade destes serviços. Vestindo a camisa da Argentina que recebeu devido ao Dia do Fair Play, ele realizou um teste no primeiro jogo disputado no Maracanã, Argentina x Bósnia. Segundo o secretário, foi uma espécie de “passo a passo do turista”. Magnavita deixou o carro no aeroporto Santos Dumont e embarcou em um ônibus para a Cinelândia, onde o motorista cobrou-lhe o preço correto de 3 reais. No caminho, foi avaliando a questão da logística, o tratamento da Polícia e dos voluntários, e ficou impressionado com a quantidade de afagos e atenção que recebeu. Na volta, parou no Largo do Machado, e viu que todos os cariocas lhe parabenizaram pela vitória. Depois, pegou um táxi para o aeroporto novamente, e o taxista fez o caminho correto e mais curto.

Ao fim da palestra, Cláudio Magnavita recebeu das mãos do Presidente do Conselho Empresarial de Turismo Pró Rio, Sávio Neves, um Certificado de Agradecimento pelo evento realizado na ACRJ.




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